BTS Entrevista: Rachel Asakawa, cosplayer

Alô fãs de esports e seguidores da BTS Brasil! Hoje temos mais uma matéria da seção BTS Entrevista! Semanalmente, traremos entrevistas com figuras ligadas aos games e aos esports, para que você saiba mais sobre os nomes conhecidos dos games e da internet em geral.

Hoje, falaremos com a Rachel Asakawa, que é presença constante nas redes sociais com seus cosplays:

Rachel como Beidou de Genshin Impact (foto: Eckhardt Fotografia)

Primeiramente, uma apresentação sua: qual sua formação, qual seu trabalho, quem é a Rachel fora dos cosplays, etc.

Eu sou bacharel em Design Gráfico, e minha atuação principal no momento é produção para fotografia, principalmente cosplay. Então acabou que nos dias de hoje o cosplay faz mais parte da minha vida do que em qualquer outro momento.

Como e quando você começou a fazer cosplay?

Eu comecei em um festival da escola quando estava na oitava série, acho que era oitava. Eu e um colega nos vestimos de personagens de Pokémon para interagir com as crianças das séries menores no painel de arte do festival. Era recortar roupa que já tinha, pintar detalhes com canetinha, e por aí vai. Nós divertimos o dia inteiro! No ano seguinte fui de fato para um evento, já com cosplay feito na costureira mesmo.

Quantos/quais cosplays você já fez? Se forem muitos, pode listar apenas os principais!

Eu parei de contar nos 40 e vou fazer o mesmo quando a idade chegar lá, haha! Meus principais que o pessoal mais conhece são Evelynn de League of Legends em várias skins, Tifa de Final Fantasy VII em várias versões, Fang de Final Fantasy XIII, Beidou de Genshin Impact, A2 de NieR: Automata e Mulher Maravilha.

Rachel como Evelynn, de League of Legends (foto: Eckhardt Fotografia)

Quais são as melhores partes e quais são os maiores desafios de se lidar com público nas redes sociais?

O carinho do pessoal, principalmente público LGBT no nosso conteúdo é incrível. Fico muito feliz de saber que a gente tá chegando exatamente em quem a gente quer. O lado ruim nem é ruim por assim dizer, lidar com gente que quer avacalhar é algo que você se acostuma em qualquer lugar. Seja na escola, no trabalho, nos eventos. E isso você adquire com o tempo e ganha jogo de cintura. De um aspecto geral sobre o que mídias sociais e trabalho se tornaram, é cansativo lidar com dispositivos muitas horas por dia. Acaba o trabalho e eu não aguento mais olhar a tela do telefone.

Quais dicas você dá para quem pretende começar como cosplayer? Tem alguma dica ou palavra de incentivo especificamente para as mulheres do cenário?

Todo mundo começa errando. Todo mundo começa com as coisas mais simples. É normal. Se quiser começar grande também, não tem problema. Uma amiga falou uma vez e eu sempre repito: não tem um estatuto do cosplay. Você faz como você quiser e puder. Quem dita regra é o concurso. Fora disso, o importante é se divertir seja com um cosplay de 2 ou de 4 dígitos.

Para as mulheres, sejam firmes. Mulher tem que aguentar muita coisa em todo lugar e no corredor de um evento não é diferente. Não tenha medo de falar não. Não tenha medo de chamar um segurança. Vista como você quiser, você não deve satisfação a ninguém. Fé na peruca, vai dar tudo certo.

Rachel como Jeanne, de Bayonetta 2 (foto: Ronaldo Ichi)

Falando de games agora: quais são seus favoritos? E qual desses você recomendaria para qualquer pessoa?

Meus favoritos são sempre os RPGs. Gosto de estilos ocidentais como Mass Effect e amo de paixão a franquia Final Fantasy, incluindo o MMO XIV, assim como jogos do Yoko Taro. Amo Gran Turismo, fiquei muito feliz com Streets of Rage 4. Fico até amanhã falando de deixar. Recomendo todos, hahaha!

Assim como os games e os esports, o cenário dos cosplays mudou e cresceu muito nos últimos anos. Quais diferenças você vê, comparando o período em que começou com agora?

Hoje cosplay virou cult né? Você não é tratado mais como doido ou fugitivo ou o que quer que seja que a mídia já tentou nos fazer parecer no passado. Eventos, marcas, cinemas, todo mundo hoje gosta de cosplay. O que tem que ficar esperto é que ao mesmo tempo, isso também se tornou uma ocupação e tem que ser tratado e remunerado como tal se for pra associar com alguma coisa.

Fora essa parte organizacional da coisa, facilidades em compras. Vai de perucas até acessórios e roupas prontas, tecidos especiais. Além de uma infinidade de tutoriais em tudo que é lugar, é ótimo.

Rachel como Warrior of Light, de Final Fantasy XIV (foto: Ronaldo Ichi)

Considerações finais: algum agradecimento que queira fazer, algum desabafo, algum comentário sobre o cenário dos esports, etc. Este espaço é seu!

A última consideração é novamente, você tem que estar bem e se divertir. É um ambiente excelente pra conhecer pessoas que gostam das mesmas coisas que você, pra conhecer eventos em cidades diferentes. Eu conheci minha esposa Rizzy assim e daí pra frente a gente só incrementou nosso hobby e nosso trabalho, além de estar sempre com a melhor companhia de todas.

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Texto por Vitor Santos

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