Libras no Esports: conheça o projeto que visa trazer acessibilidade ao cenário
Nesta última sexta, 01/10, o projeto Libras no Esports ressurgiu, vindo com o intuito de trazer acessibilidade ao cenário de esports. Criado inicialmente em 2017, o projeto virá com novas melhorias para a comunidade: expandirá os recursos oferecidos, além de que terá tanto Libras quanto legendas descritivas, áudio e futuramente áudio descrição e descrições de imagens nas redes sociais. Tudo isso com o intuito de incluir pessoas com deficiência (PcD) no cenário do esporte eletrônico.
Os primeiros passos do projeto aconteceram quando Suuhgetsu, CEO do Libras no Esports, publicou o vídeo “Acampamento Yordle – Libras” que teve grande repercussão no Facebook e chamou a atenção da Riot Games.
Com o sucesso do vídeo, a CEO do projeto foi convidada pela empresa para compor o time da Academia de Piltover, programa de criadores de conteúdos parceiros da Riot Games.
O convite foi o ponto de partida para que os conteúdos produzidos na sequência priorizassem os títulos da empresa, o que segue até os dias de hoje. A junção do projeto com os esports aconteceu com os vídeos da Deaf e-Sports League, campeonato voltado aos jogadores surdos.
Com a popularização dos conteúdos voltados à inclusão da comunidade PcD dentro dos esports, tornou-se necessário a criação de conteúdos explicando runas, termos dos esports e também de algumas regras, como o Código do Invocador de League of Legends.
Além disso, também foram criados os chamados aulões sobre os títulos da Riot, surgidos a partir da necessidade de um time de surdos de aprender mais sobre o jogo, além da falta de conteúdos que pudessem atender suas necessidades.
Além dos conteúdos explicativos e dos aulões, o Libras no Esports também trará alguns projetos novos como o manual dos títulos, tradução de interação entre os personagens, tutorial dos jogos, tradução de conteúdos da Riot Games e dos regulamentos dos jogos e também a transmissão de campeonatos para PcDs.
Suuhgetsu comentou sobre o projeto, lembrando da pouca acessibilidade em meios de lazer:
“A acessibilidade dentro do lazer é escassa, limitando a diversão e independência dos PcDs, nesse caso, no cenário de esports. Como profissional da área, muito me frustra saber que muitas vezes não posso jogar alguns jogos ou participar de campeonatos com alguns amigos, pelo simples fato do jogo não ser acessível e meu objetivo é mudar essa situação”, diz a CEO.
Ela também lembra que trazer acessibilidade não é um simples favor por parte das marcas ligadas aos esports:
“Quero trazer a acessibilidade e inclusão para o nosso cenário, nem que eu tenha que estar em todos os posts cobrando por acessibilidade. Não é um favor que as empresas e organizações fazem, é uma obrigação! É um grande público também e foi por isso que decidi começar o projeto Libras no Esports: pra fazer a diferença”, completa Suuhgetsu.
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Texto por Vitor Santos
