Intel procura manter os esports nos próximos eventos olímpicos

Durante os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, a Intel foi parceira da competição, e agora espera repetir a dose ao trazer mais competições de esportes eletrônicos para os próximos ciclos olímpicos.

Dias antes da abertura oficial das competições deste ano, ocorreram campeonatos de Rocket League e Street Fighter 5 com apoio do Comitê Olímpico Internacional (COI). O evento foi chamado de Intel World Open, e mostrou alguns dos melhores jogadores dessas modalidades. 

Sobre novas edições do Intel World Open, a Intel mostrou estar disposta a continuar investindo no esporte eletrônico em período olímpico:

“Somos grandes apoiadores dos esports, portanto, se pudermos compartilhar essa experiência única com novos públicos que estarão nas Olimpíadas, será muito animador para nós”, declarou a Intel em entrevista ao site Canaltech.

Mas, a marca ressalta que existem algumas dúvidas quanto a isso:

“Embora esperamos dar sequência ao grande momento do Intel World Open deste ano para o futuro, como é um assunto que diz respeito aos Jogos Olímpicos, não podemos falar em nome do COI”, completou.

Intel World Open é anunciado e será antes de Olimpíadas de Tóquio | esports  | ge
Intel World Open aconteceu antes das Olimpíadas, sendo de certa forma um evento de introdução dos esports no cronograma olímpico

O Intel World Open aconteceu entre 1° de junho e 21 de julho, dois dias antes do começo das Olimpíadas de 2020. Apesar de não fazer parte oficialmente do circuito, a presença do COI na competição trouxe novamente à tona a discussão sobre a inclusão dos esportes eletrônicos.

Porém, mesmo com a parceria entre o COI e a Intel continuando, a entrada dos esports em Paris 2024 não deve acontecer tão cedo; é mais provável que o comitê invista em eventos satélites, como o Intel World Open ou o Olympic Virtual Series como forma de estudar o cenário.

O presidente do COI, Thomas Bach, chegou a declarar em 2017 que a inclusão dos esports ocorreria “em breve”. Mas, na avaliação do comitê, ainda soa muito prematuro discutir a adição dos jogos durante as Olimpíadas. 

Outro ponto que confirma isso é que programa olímpico para Paris, divulgado em dezembro de 2020, não faz menção aos jogos eletrônicos. Mas, há a expectativa de que o COI faça novos testes para competições de esportes eletrônicos nos Jogos de Los Angeles, em 2028.

Jogos de combate ficando de fora

Mesmo com uma eventual entrada dos esportes eletrônicos nos próximos anos, nem todos os jogos devem compor modalidades olímpicas.

Segundo o COI, jogos que simulam violência e humanos sendo mortos, não são compatíveis com “valores olímpicos” e devem ficar de fora das discussões, a princípio. Isso afastaria títulos de sucesso como League of Legends e Counter-Strike, por exemplo.

Regulamentação dos esportes eletrônicos

A indústria de games como um todo deve gerar US$ 180 bilhões, cerca de R$ 950 bilhões na cotação atual do dólar, somente em 2021. Os números superam em até sete vezes a receita gerada anualmente pelas indústrias do cinema e da música, de acordo com um estudo da empresa NewZoo.

Porém, mesmo com números tão animadores, há um outro lado: no Brasil, as competições de esports travam uma batalha pela regulamentação da prática, como explicado nesta matéria do portal Canaltech

O texto aponta que 11 estados brasileiros iniciaram discussões para criação de leis de regulamentação dos esports. Em outras palavras, o universo dos esports pode não ter desafios em termos de economia, mas ainda encontra seus desafios enquanto prática esportiva propriamente dita.

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Texto por Vitor Santos

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