Equipes Academy: o que são, quais são seus pontos positivos e negativos
Em todos os esportes, há investimento em jovens talentos. Pessoas com aptidão para um esporte estão a todo momento buscando oportunidades para mostrar o que sabem, tendo do outro lado da moeda pessoas que buscam atletas com pouca idade e muito talento.
No futebol, esporte das massas, são comuns as “peneiras” para escolher futuros craques para as categorias de base, para que futuramente cheguem aos elencos principais. No basquete americano, existe o draft, que escolhe jogadores que entrarão para a NBA. Entre esses jogadores, nomes do basquete universitário.
Assim, no esporte virtual não é diferente. Mas, como ocorre o processo dos jovens talentos, para que os mesmos possam dar um salto na carreira? Hoje, é comum nos esports a figura das equipes Academy, que visam dar oportunidade aos jogadores que estão chegando no cenário competitivo, bem como habituar os mesmos a um meio no qual a sobrevivência não é tarefa fácil. Naturalmente, existem ligas específicas desses times.
Um exemplo de trabalho referente às equipes secundárias que pode ser considerado sucesso é o CBLOL Academy, organizado pela Riot Games. Composto por 10 equipes, o campeonato fornece a possibilidade dos jogadores atuarem na liga Academy e na principal, desde que seus dois times não atuem na mesma rodada. Nomes como Tyrin, da FURIA, e Enga, da equipe Rensga, são exemplos de jogadores com bom aproveitamento em ambos os campeonatos.
Mas, embora as competições Academy tenham seus nomes de destaque, o foco principal do cenário é funcionar como um espaço de oportunidades e de crescimento, com a realização do sonho de competir tendo um mérito e uma importância maiores do que a de um título de campeão, por exemplo.
Por outro lado, existe a atenção, ou a falta dela: uma competição como o CBLOL Academy não tem a mesma audiência que o CBLOL principal, o que torna a vida dos jogadores mais complicada; a luta por uma vitória ou um título passa a andar lado a lado com a luta por visibilidade, por um lugar ao sol. Ainda, o fato dos jogadores envolvidos estarem vivendo pela primeira vez a vida de jogador profissional faz o cenário parecer fraco e pouco técnico, levando eventuais patrocinadores a não olhar mais para nomes que podem ser futuros campeões em grandes ligas.
Para que isso não aconteça, é necessário maior atenção aos iniciantes do cenário e maior confiança nos mesmos, pensando em parcerias que podem ser muito mais frutíferas do que parecem.
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Texto por Vitor Santos
