BTS Entrevista: Arms, jogador de Dota
Alô fãs de esports e seguidores da BTS Brasil! Hoje temos mais uma matéria da seção BTS Entrevista! Semanalmente, traremos entrevistas com figuras ligadas aos games e aos esports, para que você saiba mais sobre os nomes conhecidos dos games e da internet em geral.
Hoje falaremos com o Arms, jogador de Dota com passagens por times como Infinity e SG:
Primeiramente, uma apresentação sua: quem é você, qual sua formação, quem é o Arms fora do Dota.
Eu sou Danilo José da Silva, não tenho nenhuma formação superior tirando ensino médio completo. Creio dizer que Arms e Danilo são a mesma pessoa, não tento separar nenhum dos 2, quem me conhece pessoalmente sabe disso.
Como você conheceu o Dota e como começou sua carreira no jogo?
Eu conheci o Dota por volta dos meus 9 ou 10 anos de idade, no ensino fundamental pelo vídeo do Basshunter, da música chamada DotA, na época eu já jogava Warcraft 3 por muito tempo, mas nunca tinha escutado falar a respeito de Dota. Depois de ver o vídeo acabei procurando para ver o que era, e aí minha carreira começou quando eu terminei o ensino médio, meus amigos próximos sempre me diziam que eu era bom no jogo e que talvez devia tentar alguma coisa, eu também sempre tive o sonho de viver a vida fazendo o que eu mais gosto, que é jogar video game.
Dota parece ser um jogo um pouco mais “de nicho” no Brasil, sendo um pouco menos conhecido entre o público. Na sua opinião, quais os motivos para isso, e de que maneira seria possível mudar isso?
Creio eu que o principal motivo do jogo não ser tão popular aqui no brasil é a questão do jogo ser incrivelmente difícil comparado aos outros MOBAS. O outro ponto interessante, que é válido citar, é a diferença de investimento: vamos usar o exemplo do Peru, onde o nosso querido Dota é transmitido na televisão casualmente, é feito matérias em jornais locais e entre outros. Claro que o nosso jogo não é tão conhecido aqui por falta desses pontos citados, mas os pontos acima é só para termos uma base.
Ainda sobre a menor popularidade do Dota 2, você vê isso como um desafio na hora de manter uma equipe profissional? Ou os desafios são os mesmos de qualquer equipe de esports?
Sim, graças ao jogo não ser tão popular aqui no Brasil isso afeta a nós jogadores profissionais, principalmente para quem está começando recentemente. Como vivemos em um país de terceiro mundo, muitos de nós precisamos de uma organização profissional por trás para manter um salário e pagar nossas contas. Mas infelizmente esses tais investimentos são incrivelmente poucos, pois o nosso jogo não gera tal retorno monetário para os investimentos em questão
Falando em equipes, durante essa temporada você propositalmente quis se distanciar da cena profissional ou não surgiu nenhuma proposta que lhe agradasse?
Durante essa segunda season eu quis me afastar um pouco da cena e optar por jogar a terceira. Quando sua saúde mental não está das melhores, a melhor opção que você pode escolher é descansar, jogar sobrecarregado nunca dá certo em NENHUM esports. Mas vocês podem ter certeza que eu venho muito mais forte para as próximas seasons!
Alguns pro-players de Dota da sua geração já falam em aposentadoria, você pensa sobre o assunto ou ainda entende que tem muito para oferecer ao cenário?
Eu vejo muita galera que competiu e começou junto comigo falando em aposentadoria. Ainda mais por conta da idade, eu já cheguei a pensar nisso, mas eu ainda acredito que tenho muito a oferecer para o nosso cenário. Eu acredito muito no meu próprio potencial e pretendo mostrar isso com atitudes.
Ainda falando sobre o futuro, se enxerga trabalhando com Dota por muitos anos?
Eu me vejo trabalhando com dota até pelo menos os 30 ou 31 anos de idade, como faltam 5 ou 6 anos ainda temos um longo caminho a trilhar, então vamo que vamo!
Os espectadores já estão se adaptando aos HCs do 7.31, como Tiny, Templar Assassin, Chaos Knight, Medusa, além dos corriqueiros. Você acredita que para o Major podemos ter algum novo herói que se destaque na posição?
Sim, com certeza algum herói deve aparecer durante a major, os times grandes geralmente guardam estratégias quando estão classificados para algum major e surpreender os adversários, isso é perfeitamente normal. Então acompanhem essa major ai que com certeza coisas interessantes irão acontecer!
Por fim, faça suas considerações gerais: sobre o cenário, sobre suas perspectivas para o futuro na carreira, algum desabafo sobre o cenário que queira fazer, esse espaço é seu!
Bom, o nosso cenário é bem fechado e carente de investimentos, sempre vemos brigas e intrigas por motivos banais onde em um mundo perfeito poderíamos estar nos juntando para crescermos juntos.
Para minha carreira eu tenho uma imensa vontade de competir fora da nossa região, atualmente estou almejando a região NA, quem sabe num futuro não tão distante o EU.
E enquanto o nosso cenário atual for motivo a intrigas nunca vamos para frente, sempre que tem algo do tipo quem estão de olho nessas coisas são os futuros patrocinadores que por ventura vendo essas coisas sempre optam por sair ou não colocar o seu investimento. Menos intrigas e mais profissionalismo, se querem um cenário grande e decente sejam o exemplo!
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Texto por Vitor Santos
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