AfroGames: projeto ganha arena de esports no Morro do Cantagalo
O AfroGames, projeto que busca formar atletas de e-sports nas favelas do Rio de Janeiro, acaba de receber uma arena de esportes eletrônicos no Morro do Cantagalo. O espaço, cedido pelo governo do estado, busca unir esporte e tecnologia para trazer transformação social e geração de renda.
Ricardo Chantilly, diretor executivo do projeto, mostra grande expectativa com o novo empreendimento:
“A partir de agora, começaremos um trabalho ativo de captação de patrocínio para as atividades regulares nesta nova arena. Pensamos em fazer campeonatos entre os jogadores e até mesmo uma competição entre as favelas participantes do projeto”, anuncia Chantilly.
O AfroGames atualmente se faz presente na comunidade de Vigário Geral, no Morro do Timbau e Nova Holanda (todas essas parte do Complexo da Maré) e também no Morro do Estado, em Niterói, oferecendo cursos técnicos em esports. Entre os jogos que fazem parte do curso, o projeto possui Fornite, Free Fire, Valorant e League Of Legends em sua grade. Ainda, são ministradas aulas de desenvolvimento de jogos (programação e produção de trilha sonora para games), e aulas de inglês.
“Já atendemos 827 jovens nestes quatro anos de projeto. Além do Cantagalo, pensamos em ampliar o projeto para comunidades de São Gonçalo e de São Paulo, inclusive. Formamos profissionais para atuar na indústria dos games, usando o esporte e o lazer como ferramentas de bem social para um público com pouco ou nenhum acesso ao universo dos esportes digitais, promovendo ainda mais transformação e inserção”, explica Chantilly.
Desde sua criação em 2019, o AfroGames já impactou mais de mil pessoas, entre jovens e suas famílias. Os atletas profissionalizados geralmente recebem uma bolsa no valor de um salário-mínimo, com uma carga horária de 20h semanais; o período inclui treino técnico da sua modalidade, acompanhamento psicológico, preparação física e aulas de inglês. A previsão é fechar o ano de 2023 promovendo 3.970 horas de cursos e mais de 1.625 horas de inglês.
Atualmente, o projeto conta não só com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, mas também do apoio privado de empresas como Ambev, Gol, HyperX, Kingston, Warrior, Player1 e Grupo Globo.
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Texto por Vitor Santos
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