Na última década, o cenário do esporte eletrônico teve um crescimento que para muitos foi previsível: sempre se mostrou como uma modalidade que dava indícios de sucesso, e que sempre pareceu acompanhar as novas tendências das gerações que cresceram com acesso à internet, especialmente após a inclusão digital ocorrida nos últimos dez anos.
Por outro lado, não era previsível que os jogos fossem se tornar um mercado rentável, com cifras tão altas, com grandes marcas de vários setores estampando seu nome em camisas de equipes e campeonatos pelo mundo fora.
Mas, de onde veio todo esse sucesso? Uma das principais respostas para essa pergunta foi a mudança de comportamento vista nas gerações que cresceram em contato com a internet e com os consoles que vinham aparecendo. Por um motivo ou outro, veio a preferência dessas pessoas por atividades de pouco esforço físico, mas ao mesmo tempo estimulantes. E foi aí que os esports começaram a entrar.
Recentemente, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) revelou que 7 em cada 10 brasileiros não praticam exercícios físicos. Em contrapartida, de acordo com o NPD Group, 82% dos jovens e adultos brasileiros jogam videogames.
Outro fator importante é o fato de que os computadores e smartphones passaram a ser uma parte vital na vida de milhões de pessoas de todo o mundo, fazendo com que as máquinas deixassem de ser um bicho de sete cabeças para a maioria, e facilitando a vida de todos que eventualmente precisavam ou queriam ter um computador ou celular com internet.
Pensando num cenário como esse, vieram jogos como League Of Legends e Player Unknown Battlegrounds (PUBG) que podem ser baixados sem custos adicionais. Pode-se citar ainda Free Fire, que possui um sucesso considerável entre jogadores de bairros da periferia: o battle royale da Garena não exige um celular muito avançado para funcionar, além de ser gratuito.
Do outro lado da situação temos as pessoas que gostam de esports, mas que não necessariamente são profissionais, que jogam apenas casualmente, ou que mesmo não jogam: estas podem se sentir parte deste mercado de alguma forma, através da posição de espectador, acompanhando lives, vídeos, transmissões televisivas e até mesmo torneios ao vivo.
Esse processo acaba aproximando-os da posição de torcedores, como nos esportes tradicionais. Assim, faz o cenário dos esports crescer e faz com que o jogador casual, que não tem pretensões de ser profissional, se sinta incluso em um meio, da mesma forma que a inclusão digital trouxe um grande número de pessoas para o meio da internet.
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