Futebol e esports: como essa combinação acontece?
Não é de hoje que os grandes times de futebol perceberam que os esports são um mercado em ascensão, sendo um setor que cresce em média 10% ao ano, de acordo com uma pesquisa da Newzoo.
Entre os jogos mais comuns para os times investirem, estão os simuladores de futebol, como FIFA e PES, e os FPS – First Person Shooter, jogos de tiro em primeira pessoa –, como Call of Duty, Counter-Strike, Fortnite e ainda Free Fire, este último um caso de sucesso já citado muitas vezes por ser um jogo de celular que funciona em quase todo aparelho de hoje em dia.
Além dos times, craques queridos pelo público começaram a mostrar suas partidas em transmissões ao vivo, o que foi e ainda é um ponto de partida para que muitos começassem a investir em clubes de esports.
Exemplos de nomes são Douglas Costa, do Bayern de Munique, dono da DC Team, focada em Fortnite, Fifa Pro Clubs e, em breve, Valorant, ou Casemiro, volante do Real Madrid, que possui a Case Esports, concentrada em CS:GO. Danilo Avelar, zagueiro do Corinthians, é sócio da Bears e também aposta em Counter-Strike.
Outros nomes do futebol que possuem suas equipes em andamento são Lucas Paquetá, do Olympique Lyonnais, Mesut Özil, do Fenerbahçe, Sergio Agüero, do Manchester City, Antoine Griezmann, do FC Barcelona, e ainda Ronaldinho Gaúcho.
Entre os grandes times, pode-se citar o Clube de Regatas Flamengo e sua equipe profissional de League of Legends que atualmente está competindo no CBLoL, Campeonato Brasileiro de League of Legends. A equipe surgiu em 2017 e o grupo tornou-se campeão nacional em 2019.
O sucesso fez o clube carioca ir para outros jogos, como PES e Free Fire. Vale lembrar que o Flamengo é um dos confirmados para o formato de franquias do CBLoL em 2021, junto com grandes nomes como LOUD, Falkol Prodigy e Cruzeiro eSports.
Mas, como este sucesso pode ser explicado? Primeiramente, a questão do marketing. Os clubes sabem da rentabilidade do esporte eletrônico e da repercussão que pode ter um time de Free Fire do Corinthians por exemplo. No caso deste (outro exemplo de parceria de sucesso), junta-se dois nomes que desfrutam de popularidade entre a população periférica, unindo um time querido pela massa e um jogo que aos poucos deixa de ser de nicho.
No caso dos jogadores famosos, acontece a união do útil ao agradável: o marketing do nome (e a consequente repercussão de um time criado por um craque) com os investimentos que muitos jogadores fazem em paralelo ao futebol. Semelhante ao que acontece com os times, mas usando a força do nome do jogador ao invés do nome de um time.
Texto por Vitor Santos
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