BTS Entrevista: Maria Luiza “Moo”, cosplayer

Alô fãs de esports e seguidores da BTS Brasil! Hoje temos mais uma matéria da seção BTS Entrevista! Semanalmente, traremos entrevistas com figuras ligadas aos games e aos esports, para que você saiba mais sobre os nomes conhecidos dos games e da internet em geral.

Hoje falaremos com a Maria Luiza Grantaine, mais conhecida como Moo, que é presença constante nas redes sociais com seus cosplays:

Maria Luiza como Quiet, de Metal Gear Solid (foto: Gigaxis)

Primeiramente, uma apresentação sua: qual sua formação, qual seu trabalho, quem é a Moo fora dos cosplays, etc.

Atendo artisticamente como Maria Luiza Grantaine (principalmente como atriz/dubladora) e Moo/Moo-chan como produtora de conteúdo online. Tenho 29 anos, formada como atriz em escola técnica e radialista no ensino superior, bacharel em Rádio, TV e internet. 

Como e quando você começou a fazer cosplay?

Desde criança sempre quis me vestir com as roupas dos personagens de anime, principalmente a Sakura Kinomoto (Card Captor Sakura) que foi a primeira que me inspirou nesse universo. Posteriormente descobri o que era cosplay e a vontade de fazer foi automática. No entanto, fiz meu primeiro em 2009, também a mesma Sakura mas da obra Tsubasa Reservoir Chronicles, na qual também aparece, pra marcar esse meu desenvolvimento e paixão que se iniciou com ela. Fiz em costureira, mas 2 anos depois já estava aprendendo a costurar sozinha meus figurinos pra economizar dinheiro e fazer exatamente como eu queria.

Quantos/quais cosplays você já fez? Se forem muitos, pode listar apenas os principais!

Já fiz mais de 60 projetos pelas minhas últimas contas, mas sempre cito os mais recentes que são os que sinto que me aprimorei mais como Prompto Argentum (FFXV), Princesa Monica (Webtoon Hooky), Jolyne Kujo (Jojo’s bizzare adventure), Nico Robin (One Piece). 

Maria Luiza como Princesa Monica, de Hooky (foto: Lucas Freitas)

Quais são as melhores partes e quais são os maiores desafios de se lidar com público nas redes sociais?

A melhor parte de lidar com o público é o acolhimento e reconhecimento em comunidade. A sensação de pertencer a um grupo, poder me divertir com amigos, fazer mais amigos e trocar idéias, aprendizados e experiências é incrível e inestimável. A maior dificuldade é a responsabilidade que a comunicação traz. É preciso muito cuidado, estudo e responsabilidade para comunicar nossos objetivos de forma prática, funcional e respeitosa sempre. Essa dedicação sempre compensa, porque o público corresponde e é possível criar uma comunidade positiva a partir do que entregamos ao público.

Quais dicas você dá para quem pretende começar como cosplayer? Tem alguma dica ou palavra de incentivo especificamente para as mulheres do cenário?

Minha dica pra qualquer pessoa que quer começar com cosplay é PESQUISE! Acho que a pesquisa por tutoriais, dicas, outras pessoas pra se inspirar e etc é o que nos ajuda a dar um passo adiante e no melhor caminho possível. Outra coisa que acho importante DEMAIS de dizer é: Procurem cosplayers parecidos com vocês fisicamente, com gostos semelhantes, porque se enxergar ali vai ser essencial pra romper preconceitos e barreiras que nós mesmas nos impomos. Ao mesmo tempo, não precisamos fazer o mesmo que os outros, podemos sempre fazer do NOSSO jeito. Às vezes pode existir hostilidade, mas tem sempre um grupo de acolhimento, então procure esse ambiente seguro e siga em frente com apoio positivo! <3

Maria Luiza como Ace, de One Piece (foto: acervo pessoal)

Falando de games agora: quais são seus favoritos? E qual desses você recomendaria para qualquer pessoa?

Meus games favoritos da vida são Chrono Cross e Radical Dreamers, que felizmente agora estarão remasterizados e o segundo é inédito oficialmente no ocidente!!! Gosto muito de JRPG em geral, então Final Fantasy e Persona são franquias que acompanho e jogos indie como Omori e VA-11-Hall-A e To the moon amo DEMAIS. Um que eu indicaria pra absolutamente qualquer pessoa, acho que seria HARVEST MOON! Eu gosto muito da edição Back to nature e Tale of two towns. Em geral, jogos de fazendinha são gostosinhos de jogar pra relaxar então recomendo o gênero como um todo! 

Assim como os games e os esports, o cenário dos cosplays mudou e cresceu muito nos últimos anos. Quais diferenças você vê, comparando o período em que começou com agora?

Cosplay, assim como o cenário de games e esports, acabou se tornando uma opção de carreira. Ainda é algo bem restrito, mas é possível viver de cosplay e muita gente que começou com hobby pôde transformá-lo em profissão de várias formas diferentes, seja trabalhando em eventos de diversas formas, fazendo encomendas como cosmakers, como figurinistas, cenografistas, maquiadores, como influenciadores e professores até! Acho que essa é a maior diferença, a possibilidade de seguir fazendo o que ama profissionalmente, coisa que quando comecei a fazer cosplay não existia. Não existia ninguém mais velho que ensinava como hoje é possível, principalmente por conta da internet! 

Maria Luiza como Jolyne, de Jojo’s Bizarre Adventure (foto: Lucas Freitas)

Considerações finais: algum agradecimento que queira fazer, algum desabafo, algum comentário sobre o cenário cosplay, etc. Este espaço é seu!

Agradeço pela confiança para a entrevista! Deixo aqui, por último, meu maior desejo, que é que todas as comunidades possam ser um centro de acolhimento e aprendizado constantes, com participação ativa dos seus membros e que isso sempre continue sendo legítimo nosso, enquanto fãs, enquanto apaixonados pelo que fazemos! Que a gente encontre nesses espaço muitas alegrias, acolhimento, aprendizados e oportunidades, e pra isso, é suficiente que cada um faça sua parte pra tornar esse lugar positivo pra todo mundo! <3 Obrigada e força galera!!!

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Texto por Vitor Santos

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