Após vários dias de polêmicas, a Riot Games fez sua primeira declaração sobre as mudanças que planeja fazer para o circuito competitivo do Valorant Challengers (VCB) para a temporada de 2024. A empresa também destacou os sucessos atingidos até o momento, reconhecendo os problemas e desafios que surgiram devido ao calendário limitado.
Leo Faria, Head Global de Valorant fez um comunicado esclarecendo que os eventos internacionais buscam “inspirar jogadores e fãs”. Além disso, ele apontou que o Challengers e o Ascension são para “jogadores que querem ser profissionais”.
Primeiramente, Leo explicou que haverá uma transição para um formato anual, que inclui um período no final do ano quando o ecossistema Tier 1 está em offseason. Além disso, ele lembrou que as expectativas do público podem aumentar a audiência neste intervalo de tempo:
“Esperamos que isso dê mais espaço para o Challengers durante estes meses adicionais, e que ajude significativamente no crescimento de audiência. Esta mudança implica em trade-offs, como por exemplo não ser possível transmitir totalmente as etapas iniciais das competições, mas cada liga adotará a melhor estratégia para sua região”
Ainda, a Riot moveu o Ascension para setembro, após o Champions, para dar destaque no calendário. Como havia sido dito anteriormente, a desenvolvedora criou um sistema de substituição de jogadores entre as duas ligas.
“Com o objetivo de ampliar a mobilidade dos jogadores entre as camadas do nosso esporte, decidimos permitir que as equipes das Ligas Internacionais estabeleçam parcerias com as equipes Challengers, além de criar um novo sistema de empréstimo de jogadores. Essa nova estrutura possibilitará trocas mais fáceis de jogadores entre as equipes, com o intuito de direcionar os recursos da cúpula para o desenvolvimento de jogadores da categoria Tier 2”
Por fim, a Riot irá instituir o Premier ,que é o sistema para todos os jogadores de Valorant:
“O Premier é o novo modo competitivo do VALORANT que permite aos jogadores formar equipes e participar de torneios semanais no jogo. Esses torneios eventualmente qualificarão equipes para as Ligas Challengers, oferecendo um caminho claro de progressão na carreira dos jogadores”
Leo Faria concorda com os que dizem que o calendário de Valorant em 2023 terminou cedo, já que este foi um dos principais motivos de insatisfação das equipes:
“Planejamos incorporar uma quantidade adequada de torneios independentes durante a entressafra, mas compreendemos que as equipes precisam de um calendário mais extenso para justificar suas operações”
Audiência do VCB e finalidade do Challengers
Em termos claros, algumas das ligas enfrentam um déficit em termos de audiência. O diretor ainda ressaltou sobre as ligas regionais acontecerem ao mesmo tempo, que as ligas internacionais e os eventos globais.
“Embora tenhamos dedicado esforços consideráveis para agendar essas competições em diferentes horários e dias da semana, a sobreposição de conteúdo continua sendo uma preocupação”
Leo explicou que a audiência é “mais do que um aspecto financeiro”, dizendo que também se trata de atender as demandas dos fãs.
Porém, o diretor lembra que o Challengers não é o “destino final”: segundo ele, o campeonato é um degrau para alcançar os níveis mais altos do cenário profissional e um meio para os jogadores chegarem a liga principal.
“Desde o início, deixamos claro o papel do Challengers em nosso ecossistema – identificar novos talentos essenciais para o sucesso do VALORANT e dar oportunidades a novas equipes aspirantes de entrar nas Ligas Internacionais”, concluiu.
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Texto por Vitor Santos