Nesta última quarta-feira, 15/09, veio a público uma polêmica no cenário competitivo de League of Legends: a Rensga, equipe vice-campeã do CBLOL, não estaria cumprindo com as quantias que prometera pagar aos sul-coreanos Croc e Yuri, entre salários e premiações.
O sul-coreano Jong-Hoon Park, conhecido como Croc, aponta que a organização pagou apenas 60 a 70% do valor prometido inicialmente. Ainda, ele e Yuri contam que perderam seus voos de volta para a Coreia do Sul, e que deveria pagar as passagens do próprio bolso para retornarem ao seu país de origem.
Croc se pronunciou no Twitter, publicando uma nota sobre a situação:
“Não gosto de ter outras pessoas afetadas pela minha situação e isso não é bom para a minha imagem, então não quero contar às pessoas sobre essa situação. Rensga pagou apenas cerca de 60 ~ 70% do valor prometido a nós para contratar a mim e Yuri. Além disso, hoje, eu e Yuri fomos e fizemos um teste PCR com nosso próprio dinheiro e seguimos o cronograma fornecido pela organização até o último minuto – mas perdemos o vôo. Dito isso, Rensga nos disse que para pegar o vôo mais rápido para a Coréia, agora devemos pagar 5,2 mil reais cada, ou 2 mil reais cada, se quisermos pegar o segundo vôo mais rápido. Também nos disseram que, se não quisermos pagar, devemos ficar sentados aqui no Brasil e esperar um mês inteiro – no entanto, na próxima semana, segunda-feira, todos os nossos companheiros estarão voltando para casa. Portanto, só eu e o Yuri estaríamos na casa de jogos de Goiânia e isso me deixa muito triste”, diz o texto na íntegra.
Rensga se pronuncia sobre o caso
Com a polêmica, a organização falou sobre o caso. Inicialmente, o posicionamento veio de Djary Veiga, CEO da Rensga:
Depois, foi a vez de um comunicado oficial da organização, rebatendo algumas das acusações de Croc:
“A Rensga BitPreço esclarece que as informações divulgadas pelo jogador sul-coreano Jong Hoon Park “Croc” em seu perfil do Twitter não condizem com a realidade.
Os dois jogadores receberam da organização os bilhetes para retornarem à Coreia nesta quarta-feira (15) e não conseguiram embarcar. Mesmo tendo chegado ao aeroporto dentro de um horário permitido pela companhia aérea, os dois sul-coreanos – e mais 15 passageiros – não procederam ao voo.
Neste momento, o jogador “Croc” exaltou-se e precisou, inclusive, ser contido. Em seguida, expôs situações inverídicas em seu perfil do Twitter.
A Rensga BitPreço, portanto, tem total segurança em afirmar que todas as cláusulas contratuais – inclusive os débitos financeiros – foram cumpridas com os jogadores. A organização não se eximirá de apoiar os dois estrangeiros até que consigam retornar ao seu país de origem“, diz a íntegra do comunicado.
Croc rebate novamente as acusações
Após a resposta do CEO e da equipe, o jogador sul-coreano se posicionou novamente, reforçando as acusações e dizendo que “não estão assumindo a responsabilidade pelo peso de suas palavras durante a nossa negociação”:
“João e Djary acham que nada de errado foi feito por eles e estão tentando dar a entender que somos nós os culpados. Também acredito que eles não estão assumindo a responsabilidade pelo peso de suas palavras durante nossa negociação”, disse Croc em suas redes sociais.
Em entrevista ao GE, Djary Veiga declarou que o pagamento de Croc e Yuri está em dia e o que houve foi um mal-entendido; havia a possibilidade de um contrato com uma plataforma de stream, o que renderia um bônus na negociação. Porém, o acordo entre a Rensga e a plataforma não foi finalizado, o que teria reduzido as quantias.
Em seu Twitter, Croc cita que o montante inicial oferecido pela Rensga não era vantajoso para ele, mas conforme a negociação prosseguiu, foi oferecido um contrato de stream, junto com uma parte do dinheiro da premiação. O sul-coreano também citou que esse contrato era para ter sido assinado assim que ele chegou no Brasil, mas que nenhuma informação veio a ser passada para ele até o final de junho.
Croc também publicou uma série de prints que mostram a sua insistência em ter uma posição da Rensga. Ele ressaltou que chegou a ser informado que a organização faria um teste de transmissão para fechar o contrato, oferta rejeitada por ele e Yuri.
“Na época, estávamos em uma posição difícil em termos de classificação no CBLOL Split 2, por respeito aos nossos companheiros de equipe e pelo sucesso de chegar aos playoffs, Yuri e eu rejeitamos a oferta de streaming”, explicou.
Até o momento, nenhum dos nomes envolvidos na história se posicionou sobre a resposta de Croc, com a matéria podendo ser atualizada eventualmente.
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Texto por Vitor Santos