Psicologia e esports: como as duas áreas podem andar juntas?
No esporte convencional, a Psicologia dos Esportes é uma ciência que é comumente aplicada, ainda que seja recente; seu surgimento é do começo do século XX, tendo um desenvolvimento maior a partir da década de 1980. Consequentemente, surgiu a Psicologia dos Esports, pensando nos atletas virtuais. De surgimento recente, mas que veio de forma natural conforme o cenário competitivo avançou.
“Quando pensamos na Psicologia dos esports podemos ter a perspectiva de como é um campo de atuação recente, comparando-se aos outros campos da Psicologia. Além disso, obviamente, devemos considerar os esports em si um campo extremamente novo, advindo do surgimento dos videogames e das competições destes”, diz Natalia Zakalski, psicóloga esportiva.
A ideia da Psicologia dos Esports é garantir o desempenho dos atletas ao mesmo tempo em que a saúde mental dos mesmos fica em dia, trabalhando conceitos semelhantes aos usados no esporte convencional, conforme explicado nesta matéria do site Multiverso+.
Entre outros pontos, a ideia de um psicólogo que trabalha com esports é:
- garantir que os atletas tenham uma mentalidade condizente com o ambiente competitivo;
- estabelecer objetivos, motivações e metas;
- estabelecer rotinas;
- treino de reflexos e outras funções cognitivas relevantes para sua modalidade;
- coesão grupal, quando estiverem inseridos em modalidades grupais;
- maneiras de lidar com ansiedade;
- dentre outros aspectos psicológicos.
Para trabalhar com uma equipe de esports, o psicólogo deve conviver com os atletas no dia-a-dia. Acompanhar treinos, acompanhar competições, observar seus comportamentos e ações para gerar demandas.
“Também é importante que o psicólogo busque as demandas a partir dos próprios atletas e da comissão técnica, consolidando seu trabalho a partir dessas três demandas: observação, dos atletas e da comissão técnica“, afirma Natalia Zakalski.
As questões que surgem podem ser trabalhadas de diferentes formas: o psicólogo de esports pode realizar atendimentos em grupo e individuais, sendo que cada profissional pode focar em pontos diferentes, tudo isso dependendo da situação do grupo e das demandas que podem surgir.
“É essencial também que se trabalhe com a comissão técnica, mostrando melhores maneiras de trabalhar com cada atleta, apresentando os repertórios motivacionais dos jogadores ou auxiliando em como passar melhores feedbacks”, conclui Natalia.
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