Mercado de jogos mobile cresce e desperta atenção de empresas
Os jogos mobile estão se mostrando uma tendência de mercado cada vez maior: de acordo com a Newzoo, consultoria especializada, há uma estimativa de que os jogos para celular sejam 38% do faturamento da indústria, e até 2022 cheguem a 41%.
Pensando neste nicho de mercado, várias empresas do setor estão de olho em investimentos que vão além dos próprios jogos, trabalhando com a publicidade in-game; a forma como se aplica esse modelo de publicidade pode variar, indo de inserções em jogos até patrocínio de equipes de esports.
A Superdata, divisão de estudos de entretenimento da Nielsen, estima um crescimento de 12% das receitas globais de marketing comparando-se com 2019, sendo o segmento mobile responsável por 58% do total, o que significa uma receita de US$ 73,8 bilhões.
Marcelo Tavares, CEO da Brasil Game Show, a maior feira de games da América Latina, diz que essa tendência vem aumentando ano a ano, muito por conta da melhora nos aparelhos celulares de agora:
“Temos mapeado ano a ano que na BGS e no público que vem até a feira, cada vez mais pessoas jogam nas plataformas móveis. Os aparelhos não conseguiam rodar jogos com grande qualidade e agora, jogos como Fortnite, por exemplo, conseguem ter ótimo desempenho”, explica Tavares.
Por outro lado, para quem investe, ainda existem desafios. Um deles é fixar o modelo de investimento no Brasil.
Mas, é um mercado que ainda traz seus desafios, como fixar este modelo de investimento no Brasil. É o que diz Christian Cunha, da Etermax:
“A gente está em uma fase de ‘evangelização’. Aqui no mercado brasileiro, gostamos muito de inovação, mas muitos têm medo de sair do investimento tradicional para se engajar em uma solução diferente”, revela o porta-voz da empresa que atua no mercado de games, oferecendo também consultorias relacionadas a área.
Reflexos da pandemia no mercado de jogos mobile
A pandemia de Covid-19 acabou trazendo impactos variados ao setor de jogos e esports. Um exemplo disso é a quantidade de usuários de jogos mobile, desde nomes mais casuais como Candy Crush até jogos mais competitivos como Free Fire.
Segundo o estudo da empresa alemã Statista, 2,4 bilhões de pessoas passaram a jogar games mobile em 2020, um número que se espera chegar a 2,7 bilhões em 2021.
Assim, ocorre um fluxo que é natural: com mais opções de jogos, aparecem mais jogadores. E com isso, se torna um mercado mais rentável para quem investe, com mais possibilidades.
“Muita gente que nunca jogou na vida voltou a jogar no mobile porque era mais fácil. Começaram a aparecer mais e mais opções. Este momento, por um lado, propiciou ao mercado de games um crescimento. Esse mercado sairá fortalecido por conta das circunstâncias”, argumenta Marcelo Tavares.
Mas, a pandemia também teve seu reflexo econômico: empresas que poderiam apostar num marketing mais segmentado tiveram que diminuir suas ações no setor, cortando custos.
“Na parte publicitária o impacto não foi tão positivo porque muitas empresas começaram a rever o seu negócio por conta da pandemia. Algumas delas frearam qualquer tipo de publicidade e tiveram que se readaptar”, conclui Christian.
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Texto por Vitor Santos
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