Os esportes eletrônicos têm alcançado proporções cada vez maiores pelo mundo, com jogadores e equipes profissionais surgindo a todo momento. Mas, da mesma forma que no esporte tradicional, são necessários cuidados com a saúde física e mental.
De acordo com o gerente de marketing de influenciadores e diretor de saúde e bem-estar da HyperX, Dustin Illingworth, a rotina dos pro-players tem alguns pontos específicos para que eles estejam com a saúde em dia e tenham um bom desempenho.
“A importância de trabalhar a saúde mental dos atletas é tão grande que as organizações de esports costumam investir bastante e até priorizar o acompanhamento psicológico, para que assim os jogadores deixem os problemas pessoais de lado e se concentrem totalmente nas competições”, afirmou Illingworth.
Illingworth ainda explica que cada produto lançado pela empresa é testado exaustivamente antes de ir para o mercado, com o foco principalmente em garantir o conforto do usuário, garantindo então a saúde mental e o bem estar do jogador comum também.
Ainda falando sobre os gamers casuais, o executivo acredita que os jogos são uma excelente alternativa para se manter em contato com os amigos, onde os usuários podem relaxar nas horas vagas, ou até mesmo se distrair sozinhos jogando no modo single player.
“O design de um jogo, incluindo seus gráficos, animação, desenvolvimento de personagens, sons e paisagem, incorporam muitos dos elementos criativos de outras formas de arte e podem abrir outra porta para a expressão humana ou fuga da realidade, além de promover a regulação emocional, que é essencial nestes tempos desafiadores”, disse o executivo, que lembrou ainda que os jogos são saudáveis desde que haja controle, não deixando que a rotina do jogador seja atrapalhada pelo hábito.
Lidando com a ansiedade nos esports
O jogador de League of Legends da Netshoes Miners, Matheus “Drop” Herdy, diz que trabalhar com esports é muito cansativo, especialmente em época de competição. De acordo com Drop, a pressão sobre os jogadores que representam um time é grande; isso se dá por terem milhares de pessoas assistindo e esperando por uma performance de alto nível.
Ainda, ele ainda afirma que a maior pressão vem do próprio jogador, e que se a pessoa não tiver um psicológico preparado, as crises de ansiedade poderão vir.
Drop explica também que é bastante comum ter ansiedade até certo ponto nos esports. Já que em certas ocasiões o jogador não se sente confiante em fazer uma performance. Dessa forma, ocorrem picos de stress associados com pequenos gatilhos, que vão desde a pressão do público, ao não cumprimento de uma meta estipulada.
O pro-player também ressalta que é relativamente raro que empresas do setor tenham iniciativas pensando na saúde mental dos atletas no geral, mais ainda aquelas que não fazem parte do cenário competitivo.
Ao ser perguntado se ele já havia presenciado alguma situação em que um cyber atleta precisava de ajuda psicológica, Drop explicou que sim, sendo algo relativamente comum:
“Nos times profissionais é comum alguns jogadores e até mesmo membros da comissão técnica sucumbirem à pressão. E geralmente, quando isso acontece, eles são encaminhados a algum profissional especializado”, disse Drops, que ainda apontou que a Netshoes Miners conta com três psicólogos durante o dia-a-dia da equipe, sendo cada um desses profissionais direcionados para uma modalidade de jogo que o time compete.
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Texto por Vitor Santos