ESL FACEIT renova contrato com a Esports World Cup

Responsável pela edição inaugural da Esports World Cup (EWC), a ESL FACEIT Group seguirá produzindo competição nos próximos anos. Nesta terça-feira (06/08), a organizadora anunciou a renovação do contrato com a Esports World Cup Foundation.

Embora tenham informado a renovação do contrato, dizendo no comunicado à imprensa que o novo acordo é de múltiplos anos, nenhuma das partes envolvidas especificou qual será o período da nova parceria.

Vale lembrar que a parceria entre as duas empresas não é de agora, já que a Esports World Cup é a evolução da Gamers8, evento que também foi produzido pela ESL FACEIT anteriormente.

A edição inaugural da Esports World Cup vem sendo disputada desde 3 de julho, com 22 modalidades, incluindo o CS2, e premiação total de 300 milhões de reais.

O Brasil esteve presente no campeonato de CS2, sendo representado por FURIA e MIBR. Apenas os Panteras avançaram para os playoffs e terminaram o torneio no top 8. A Natus Vincere foi a campeã, levando para casa 400 mil dos 1 milhão de dólares em jogo.

A iniciativa com a Copa do Mundo dos Esports é mais um movimento da Arábia Saudita rumo ao protagonismo nos esportes eletrônicos. Em janeiro de 2023, o país usou seu fundo soberano para comprar a ESL e a FACEIT, em uma negociação de cerca de 1,5 bilhão de dólares (cerca de 7,5 milhões de reais) e integrá-las ao portfólio do Savvy Gaming Group.

Em 2020, o país já havia dado um passo semelhante ao anunciar um acordo de patrocínio com a LEC, a liga europeia de League of Legends, e a BLAST, organizadora de torneios, através da NEOM, uma cidade futurista que está sendo construída pelos sauditas. Porém, diversas reações negativas da comunidade fizeram com que ambas as partes desistissem do negócio.

Depois, no início de outubro, Faisal bin Bandar Al Saud, da família real saudita, foi eleito como o novo presidente da International eSports Federation (IESF).

Mas, parte da comunidade dos esportes acusa o movimento saudita de praticar o chamado “sports washing”, quando um país investe parte do seu capital em modalidades esportivas para “limpar” a imagem do país para os estrangeiros.

Vale ressaltar que a Arábia Saudita é uma monarquia absolutista comandada pelo rei Salman bin Abdulaziz-Al Saud desde 2015. O governo é acusado de perseguir opositores e várias outras violações dos direitos humanos, como a diminuição dos direitos das mulheres e a criminalização da homossexualidade. A Freedom House, uma ONG dedicada à promoção da democracia e dos direitos humanos, considera o país um regime autoritário, no qual a liberdade é uma das mais restritas do mundo.

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Texto por Vitor Santos

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