CS:GO: Gambit e Virtus.Pro são removidas da ESL Pro League S15

Recentemente, diversas competições esportivas se posicionaram em relação à invasão russa na Ucrânia, com empresas de esports como a BLAST proibindo times de base russa em suas competições. Agora, foi a vez da ESL, que não permitirá equipes que sejam ligadas ao governo da Rússia ou ligadas a empresas que tenham sofrido qualquer tipo de sanção internacional.

Assim, a Gambit e a Virtus.pro, duas das maiores equipes de CS:GO do mundo, estão fora da ESL Pro League S15. A medida foi revelada em um comunicado da ESL:

“Estamos todos chocados e entristecidos com a invasão russa na Ucrânia e esperamos uma solução rápida e pacífica. Depois de monitorar a situação, estamos colocando em prática um conjunto inicial de ações. […] Na próxima ESL Pro League, que é administrada pelas equipes participantes e pela ESL, tomamos a decisão conjunta de que organizações com vínculos aparentes com o governo russo, incluindo indivíduos ou organizações sob supostas ou confirmadas sanções da União Europeia relacionadas ao conflito, não serão permitidas de serem representadas”, diz parte da publicação.

ESL Pro League S15 não terá equipes de base russa, com as mesmas tendo que jogar sob uma tag neutra

Porém, os jogadores desses times poderão participar do torneio sob uma tag neutra; o nome não deverá representar a Rússia, suas equipes ou patrocinadores.

“Nós reconhecemos que os jogadores não são cúmplices desta situação e não achamos que seja do espírito dos esports impor sanções a jogadores individuais. Os jogadores do Virtus.pro e Gambit são, portanto, bem-vindos para competir com um nome neutro, sem representar seu país, organização ou patrocinadores de suas equipes em suas roupas ou de qualquer outra forma”, explicou a ESL.

Ainda, a ESL também irá pausar suas competições na Comunidade dos Estados Independentes (CEI), que serão realizadas posteriormente. A ESL Pro League S15 está marcada para acontecer entre os dias 9 de março e 10 de abril e contará com as brasileiras FURIA e GODSENT.

Gambit e Virtus.pro: entenda o caso

A Gambit é a segunda melhor equipe de CS:GO do mundo no momento, atrás apenas da ucraniana NAVI, que recentemente vem se posicionamento ativamente à favor da Ucrânia; a organização líder do ranking, inclusive, chegou a romper com a empresa dona da Virtus.Pro, time que ocupa a sexta colocação no ranking.

A Gambit é atualmente uma das empresas de propriedade da MTS, uma das maiores empresas de telecomunicações da Rússia. Seu dono, Vladimir Yevtushenkov, tem suas ligações com o presidente russo, chegando a se encontrar com o mesmo no dia da invasão da Ucrânia.

A organização chegou a se pronunciar sobre a invasão, dizendo que parte dos seus funcionários são ucranianos ou possuem família no país. A organização também declarou que seus jogadores estavam sob pressão e sofrendo diversos ataques nas redes sociais, finalizando o comunicado com um pedido para não envolver os esports com política, atitude bastante criticada por pessoas do mundo todo.

No caso da Virtus.Pro, o time tem ligações com a Sogaz, seguradora russa que foi alvo de sanções da União Europeia. A organização não se pronunciou sobre o conflito entre Rússia e a Ucrânia, embora na terça-feira (01/03), tenha acusado a organização do Gamer Galaxy, torneio de Dota 2, de chantagem.

De acordo com a organização, seu time de Dota 2 chegou a ser ameaçado de ter falsos testes positivos de COVID anunciados em nome dos jogadores, caso a organização não se pronunciasse em relação à Ucrânia.

A Virtus.Pro ressaltou que não concorda com nenhuma guerra, mas que não pode forçar seus jogadores se posicionar, e que nunca os proibiu de expressar opiniões pessoais.

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Texto por Vitor Santos

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