BTS Entrevista: Kary, criadora do projeto Fighting Girls Community

Alô fãs de esports e seguidores da BTS Brasil! Hoje temos mais uma matéria da seção BTS Entrevista! Semanalmente, traremos entrevistas com figuras ligadas aos games e aos esports, para que você saiba mais sobre os nomes conhecidos dos games e da internet em geral.

Hoje falaremos com a Karina Rocha, conhecida como Kary, conhecida entre o público de jogos de luta como a criadora do projeto Fighting Girls Community:

Primeiramente, uma apresentação sua: qual sua formação, qual seu trabalho, quem é a Kary fora dos jogos de luta, etc.

Vamos lá. Me chamo Karina Rocha, tenho 36 anos e trabalho na área da tecnologia da informação há 11 anos, sou Analista de Dados e tenho uma empresa de RH. Também, estou fazendo uma segunda graduação na área de RH. A Karina é uma pessoa a favor da prática do bem, espiritualizada, que está sempre a favor do crescimento feminino em qualquer área.

Como e quando você começou nos esports?

Eu jogo desde 1993, quando ganhei um mega Drive da minha prima, me apaixonei, fiquei encantada nos jogos Mortal Kombat 3, Street Fighter, Sonic, Aladdin, etc…Sim era do tipo que assoprava o cartucho para o jogo funcionar, hahahaha.

Comecei nos esports quando comecei a jogar Super Smash Melee, em 2005 criamos um clã chamado “Seven Boys” homenageando as bisnaguinhas que era nosso lanche da tarde. O clã inicialmente tinha 4 pessoas, e crescemos muito em Brasília onde criamos a @LigaDOJO, organizadoras de campeonatos de Smash. Hoje apenas um deles é ativo na cena de forma geral, que é o @JohnBrasilia que joga de tudo.

Participamos de vários campeonatos em Brasília e em outros estados como Minas e São Paulo. Meu Nick na época era Aryll, em homenagem a irmã do Link do jogo Zelda.

Quais são (ou quais foram) suas referências nos esports? Fique à vontade para citar quais nomes quiser!

Na época que comecei o Kizzu era minha inspiração, por dois motivos: ele era Marth Player com combos bem elaborados e competia o 1° Lugar do Brasil com o Aisengobay, que até pouco tempo atrás era ativo na cena ganhando alguns campeonatos. 

Vai aí um link antigo da luta de ambos:

Hoje eu admiro demais as mulheres da cena.

Quais dicas você dá para quem pretende começar uma carreira nos esports? Tem alguma dica ou palavra de incentivo especificamente para as mulheres do cenário?

  • Não se desespere cada um tem seu ritmo;
  • Não desista, você vai sentir vontade, mas não desista;
  • Não ligue para comentários que não irão fazer diferença ALGUMA na sua vida, a não ser que ele dê forças para que você melhore cada vez mais.

Essas dicas são para todos os gêneros, mas em especial eu peço aos veteranos que tenham paciência, ninguém nasceu sabendo.

Para as mulheres eu só tenho a dizer que continuem, vocês são maia fortes do que imaginam.

Quais diferenças você vê no cenário feminino, comparando a época em que você começou a jogar profissionalmente com agora?

Na época que eu comecei era novidade mulheres na cena, mas já tinham gerações de meninas mais novas que se interessavam. Havia muito preconceito com “perder para uma mulher”, e isso me fazia ouvir insultos absurdos, mas que para o azar de muitos me deu força pra continuar.

Hoje nem se compara, a quantidade de garotas nos games aumentou consideravelmente e eu fico muito orgulhosa porque também abriu para vários públicos.

Como e quando surgiu o projeto do Fighting Girls Community? 

Eu sentia muita falta de mulheres na cena, então no final de 2019 (depois de voltar de um longo tempo sem pegar num controle de GC) criei uma comunidade feminina de games de luta, no início foi apenas de Smash, logo após abrangemos os demais games.

Essa frente hoje compõe-se de grandes gamers, todas muito respeitadas na cena:

@Beaiank 

@beatrizszpx 

@LadySander 

@Tiger_Furious_ 

Considerações finais: algum agradecimento que queira fazer, algum desabafo, algum comentário sobre o cenário feminino, etc. Este espaço é seu!

Eu quero agradecer de todo meu coração a @beaiank, porque ela foi a primeira a me receber com todo apoio do mundo em 2019 quando criei a Smash For Girls e logo depois ela montou um campeonato de Street Fighter Feminino, o Yes We Can! Nunca vou me esquecer disso!

Também quero agradecer a @LadySander por ter tomado a frente em muitos momentos, inclusive de campeonatos quando eu não pude dar a devida atenção a comunidade! Também jamais irei esquecer.

A todos os homens que apoiam, incentivam seja por suas namoradas, esposas, ou amigas, vocês são demais!

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Texto por Vitor Santos

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