BTS Entrevista: Flytable, caster de Dota 2

Alô fãs de esports e seguidores da BTS Brasil! Hoje temos mais uma matéria da seção BTS Entrevista! Semanalmente, traremos entrevistas com figuras ligadas aos games e aos esports, para que você saiba mais sobre os nomes conhecidos do esporte eletrônico.

Hoje, falaremos com Togo “Flytable”, caster e analista de Dota 2, que está sempre marcando presença nas transmissões da BTS Brasil.

1. Primeiramente, uma apresentação sua: qual é seu trabalho (para quem não te conhece), qual sua formação, quem é o Flytable fora das transmissões da BTS.

Bom dia. Me chamo Togo Menezes “Flytable” e um dos narradores brasileiros de Dota 2 mais experientes (velhos) em atividade. Sou formado na área de Informática (me formei em 2003) e tenho especializações nas áreas de telecomunicações, segurança e gestão de negócios.

Possuo uma série de certificações específicas na área de TI que vão desde certificações Microsoft, Linux, Cisco, entre outras, até cursos específicos, como por exemplo cursos na área de gerência de projetos. Trabalho em uma empresa do ramo de cimento como coordenador de infraestrutura e telecomunicações. Além disso, faço trabalhos freelancer tanto na área de fotografia quanto nas áreas de locução.

2. Como você começou a trabalhar como caster e como você chegou na BTS Brasil?

Bem, tudo começou um certo dia onde eu descobri a Twitch por conta de um jogo que eu jogava muito com meu sobrinho, um jogo chamado Dota2. Procurando algumas pessoas para aprender um pouco mais descobri um canal chamado NomadTV onde vi que havia pessoas narrando o Dota.

Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi um caster chamado Diego Hads. Como eu já fazia trabalhos de locução essa época, achei interessante pois na hora percebi que tínhamos um locutor narrando então eu pensei: “bem tenho um computador, faço trabalhos de locução, por que não tentar?”.

Foi então que comecei as minhas lives, pegando alguns jogos da China (na época precisávamos comprar os tickets para assistir as partidas) e foi daí que comecei a narrar no meu canal pessoal, e sempre que possível faço isso até hoje. A partir do meu trabalho no meu canal, fui convidado a participar de um grupo de narração chamado LBEE (Liga Brasileira de Esportes Eletrônicos) onde foi meu primeiro trabalho remunerado com a narração de e-sports.

Daí pra frente conheci algumas pessoas, dentre elas o Leonardo LML e o Irmão Urso. Depois da separação da antiga BTS X Missclick (que foi por volta de 2018, não sei ao certo) fui convidado pelo Shaolin a fazer parte dos casters da BTS, onde estou até hoje.

3. Quais jogos/esports você narra atualmente?

Meu foco principal é o Dota, mas já narrei CS, PUBG e PUBG Mobile, tanto presencialmente quanto online.

4. Quais são as melhores partes e quais são os maiores desafios de se lidar com público numa transmissão ao vivo?

Na minha opinião, as melhores partes são a troca de ideias. Particularmente eu adoro conversar com o chat, nas minhas lives pessoais por exemplo eu brinco que nós falamos de tudo até de dota. Pra mim é uma reunião de amigos, Muitas vezes esqueço que estou trabalhando. Isso me diverte muito.

Quanto aos desafios, pra mim o mais complicado é conciliar o meu trabalho na área de TI, consultorias e os ensaios fotográficos com as narrações.  

5. Ainda sobre desafios, como lidar com situações em que o chat da transmissão se torna um ambiente tóxico?

Pra mim isso nunca foi problema, até porque eu sempre que posso dou atenção pro chat. Às vezes aparecem alguns haters, mas no meu caso tento tratar da melhor maneira possível com respeito e cordialidade. Respondo as perguntas, mesmo que perguntas ofensivas, até porque acredito que todos, sem exceção merecem ser respondidos. Acho que isso vem do meu lado de comunicador, que me ajuda nesse ponto. 

6. Quais dicas você dá para quem pretende começar como narrador/comentarista?

Tenha disciplina. Mantenha as suas lives, seja de narração ou comentarista. O que eu brinco é que se sua live está desligada você não está sendo visto. Estude. Eu como vim da locução tradicional, estudava muito em especial técnicas de locução e entonação. Pense que um conhecimento pode ser aplicado em outras coisas. Eu por exemplo consigo vender serviços por conta da locução, serviços inclusive de fotografia por exemplo.

Pratique com as ferramentas que tem. Se você não tem um microfone bom, use o que você tem. Exercite seus conhecimentos, mesmo que seja pra você mesmo. Assista seus replays. Veja se você gosta do que você esta vendo enquanto assiste.

O feito é melhor que o perfeito. Procure nichos ainda inexplorados (e sim, existem muitos), como por exemplo campeonatos menores. Eu comecei a narrar campeonatos que ninguém pegava. Hoje, por exemplo, temos muitos camps ainda não narrados. É interessante porque como ainda pego esses campeonatos menores, sempre existem viewers de outros países entrando na live e interagindo.   

7. Alguns jogadores já comentaram em entrevistas sobre as diferenças de uma competição de esports em formato presencial e uma competição online. Para quem narra ou comenta, há alguma diferença também?

Pra mim com certeza faz muita diferença. Eu tenho pra mim que o corpo inteiro interfere na sua voz, tudo que você faz, os movimentos, como você está sentado ou narrando de pé, isso passa pra sua voz. Um exemplo que eu cito é que você consegue “ouvir” o sorriso de alguém mesmo que não veja a pessoa. Imagina você em um estádio lotado de pessoas, aquela energia, o barulho, isso com certeza passa pra voz. 

8. Considerações finais: algum agradecimento que queira fazer, algum desabafo, algum comentário sobre o cenário dos esports, etc. Este 

Muito obrigado a todos os nossos queridos web espectadores pois graças a eles, eu estou narrando na BTS, ao Shaolin que me convidou e a todos que se dedicam a esse mundo sejam jogadores, organizações tudo, o meu mais sincero Muito Obrigado!

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Texto por Vitor Santos

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