BTS Entrevista: Flerya, caster de Dota 2

Alô fãs de esports e seguidores da BTS Brasil! Hoje temos mais uma matéria da seção BTS Entrevista! Semanalmente, traremos entrevistas com figuras ligadas aos games e aos esports, para que você saiba mais sobre os nomes conhecidos do esporte eletrônico.

Hoje, falaremos com a Daiani, mais conhecida como Flerya, caster de Dota 2 que sempre marca presença nas transmissões da BTS Brasil.

Primeiramente, uma apresentação sua: qual é seu trabalho (para quem não te conhece), qual sua formação, quem é a Flerya fora das transmissões.

Meu nome é Daiani, mas nos esports sou conhecida como Flerya. Atualmente sou analista e comentarista de Dota 2. Sou bicampeã do campeonato feminino sul-americano de dota 2, caster oficial de língua portuguesa da Valve no The International 10 e também faço participações na BTS. Sou streamer e bacharelanda em Zootecnia, pela UFMT campus Sinop.

Como você começou a trabalhar como caster?

Quando ainda competia em torneios femininos fui convidada a participar de uma transmissão, foi uma experiência agradável mas na época meu foco era como player. O cenário feminino infelizmente não foi para frente e em novembro de 2020 surgiu uma oportunidade para participar de uma transmissão na BTS. Fui, adorei e o público também. Então comecei a focar bastante nisso, estudar mais o jogo, pro-players, times e meta de cada região.

Atualmente você trabalha como analista e comentarista de Dota 2, mas pretende trabalhar com outra modalidade eventualmente? Já trabalhou com outros jogos antes?

Nunca trabalhei com outros jogos, e sempre digo que não sou gamer e sim doteira (risos). Porque sempre tive muito amor a esse jogo. Pretendo conhecer outros jogos e estudá-los, e já tenho em mente alguns que quero me aprofundar.

Quais são as melhores partes e quais são os maiores desafios de se lidar com público numa transmissão ao vivo?

Eu digo que sou muito sortuda, pois a cada 1 pessoa que vem com comentário ruim aparecem 100 me elogiando, então eu foco mais no positivo do que no negativo. Uma coisa é fazer uma crítica construtiva e outra é atirar pedras. Sempre fui muito extrovertida e sincera, então aprendi a lidar com essas situações. Para mim é um grande desafio fazer a comunidade aceitar novas mulheres no cenário, sempre defendo e tento fazê-las focarem no positivo, mas nem todas tem facilidade como eu. Seria incrível ter mais mulheres trabalhando junto comigo.

Ainda sobre desafios, como lidar com situações em que o chat da transmissão se torna um ambiente tóxico?

Com o tempo eu aprendi que a internet é onde as pessoas atacam pois sabem que não serão punidas, e quando eu estou em transmissão eu acabo não acompanhando o chat, pois gosto de focar no que faço e quero entregar algo muito bem feito. E também sei que alguns comentários podem acabar fazendo eu perder meu foco.

Quais dicas você dá para quem pretende começar como narrador/comentarista? Tem alguma dica ou palavra de incentivo especificamente para as mulheres do cenário?

Existem muitas oportunidades, e é um mercado muito grande. Mas assim como qualquer outra carreira, você deve estudar, ter paciência, aceitar críticas, sempre se manter atualizada e principalmente saber filtrar o que você ler, tendo relação contigo ou não. Acredite ou não, mas há mais pessoas querendo ajudar do que nos prejudicar.

Alguns jogadores já comentaram em entrevistas sobre as diferenças de uma competição de esports em formato presencial e uma competição online. Para quem narra ou comenta, há alguma diferença também?

Ainda não tive a oportunidade de comentar um campeonato presencial com público, mas acredito que sim. Ouvir a torcida indo a loucura com alguma jogada importante faz você se arrepiar e a adrenalina subir (digo isso pois é o que sinto quando sou a platéia). O seu foco pode mudar para melhor ou pior, juntamente com seu psicológico no momento.

Considerações finais: algum agradecimento que queira fazer, algum desabafo, algum comentário sobre o cenário dos esports, etc. Este espaço é seu!

Sou muito grata pelo convite da entrevista e principalmente às pessoas e empresas que abriram as portas para eu mostrar meu potencial. Estou sempre estudando o jogo, mercado, pessoas e maneiras de fazer meu trabalho ser um dos melhores. A participação no T.I. foi um marco gigante na minha carreira, e espero que mais pessoas se sintam encorajadas a entrar nesse mundo.

Por mais que façamos brincadeiras como “Dota morreu”, o jogo está mais vivo que nunca, e é um ótimo momento para se dedicar e fazer parte do cenário. Seja como player, coach, analista, manager ou caster. No que eu puder ajudar é só mandar um alô em alguma rede social. Tamo junto, xuxus! ♥

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Texto por Vitor Santos

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