Douglas Costa fala sobre seus investimentos nos esports

Não é de hoje que jogadores conhecidos do futebol passam a investir nos esports, seja em equipes próprias, seja na parte financeira em holdings, como fez recentemente Ronaldo Fenômeno. Um destes nomes que investiu no esporte eletrônico é Douglas Costa, do Bayern de Munique. 

Em entrevista ao Globo Esporte, o atacante contou sobre sua trajetória nos videogames, e também sobre seus recentes investimentos:

“Jogava Super Nintendo, depois fomos para o Nintendo 64, Playstation, fui acompanhando assim, não tendo em casa porque era caro na época, mas eu ia sempre na locadora jogar, jogava Tekken, todos esses tipos de jogos. Depois, claro, começamos com o Pro Evolution Soccer, Winning Eleven, vários jogos que íamos jogando, até chegar no FIFA. O FIFA voltou a detonar novamente e eu voltei a jogar FIFA”, conta o jogador.

Em entrevista ao Globo Esporte, o jogador de futebol Douglas Costa falou sobre sua infância nos games e seus investimentos nos esports

Mas, talvez por se enjoar de fazer no videogame o que já fazia na vida real, o jogo favorito de Douglas Costa passou a ser o Fortnite. Juntando o útil ao agradável, em abril de 2019 nasceu a DC Team, time profissional fundado pelo jogador e dois sócios, que contava com quatro jogadores de Fortnite na época do lançamento.

“Chamei uma galera louca, eles falaram que era difícil, mas fomos, e erramos muito no começo. É muito difícil você conseguir fazer com que o pro player vire streamer, são condutas totalmente diferentes, o pro player é muito reservado, aquele cara que está naquele foco de matar e tal, já o criador de conteúdo é totalmente diferente”, explica Costa.

Eventualmente, a DC passou a estudar novos mercados e investir em outras modalidades para se expandir: assim veio a entrada no cenário dos jogos de celular, que, de acordo com a Pesquisa Games Brasil de 2020, é a plataforma favorita de 86,7% dos gamers brasileiros.

“Eu pensei que para fazer um computador gamer deste no Brasil, as pessoas gastariam uma fortuna, um rim. O mobile no Brasil anda muito bem, porque o custo é muito mais baixo do que você ter um computador para rodar um Warzone”, justificou.

A modalidade escolhida, no caso, foi PUBG Mobile, battle royale muito popular na Ásia e que tem crescido no Brasil, mesmo tendo o Free Fire como principal concorrente no setor. 

DC Team ⚡️ (@DCTeam_gg) | Twitter
Uma das atividades do DC Team é a equipe de PUBG, jogo que cada vez mais cresce no Brasil

Recentemente, a equipe da DC disputou a PUBG Mobile Clube Open Spring, embora não tenha se classificado para a segunda fase, que dá vaga no campeonato brasileiro da modalidade.

“Foi uma oportunidade que vimos adiante. Se o time vai bem, querendo ou não estamos no brasileiro, estamos ali, sabemos que pegamos alguns caras bons, mas são vários fatores que diferenciam um time campeão ou não, assim como no futebol. Você vê a Champions League e aponta, esse time vai ganhar, aí ele não passa da fase de grupos. É uma coisa que tem que ter tempo junto, treino junto, sabemos disso, damos tempo para os nossos jogadores”, diz Douglas, fazendo um comparativo com o futebol.

E não vai parar por aí: nos planos da DC Team, estão modalidades como Valorant e Call of Duty: Warzone, lembrando que este último é outro queridinho de Douglas Costa. O Fortnite também terá seu espaço, mas agora de uma maneira diferente.

“Vamos entrar pesado no Valorant. Estamos fechando uma line, se não me engano falta um jogador para podermos lançar isso. A rapaziada está bastante empenhada, esse ano conseguimos organizar tudo. No começo é uma brincadeira, você começa com o time, depois começa a ficar sério, a tirar frutos disso, a se dar bem, então começamos a trabalhar em cima disso, em cima de resultados, por isso fechamos temporariamente o time de Fortnite”, revelou o atacante do Bayern.

Ele ainda explica sobre a questão do Fortnite, já que a equipe da DC Team mudou seu foco:

“O Fortnite , como eu disse, não te dá uma ajuda dentro de um time. E a gente acabou que decidiu contratar gente que faz conteúdo, estamos fazendo essa pesquisa agora, com mais criadores de conteúdo do que profissionais. No quesito Fortnite, o nosso modo de pensar está mudando um pouco”, completou.

Dessa forma, Douglas Costa tem um objetivo claro: dar um salto e transformar a DC numa referência dentro do esporte eletrônico brasileiro. Tudo isso sendo feito com a experiência e o estudo de mercado que a empresa possui. O jogador brasileiro explica que o caminho ainda é longo, mas de qualquer forma o objetivo está lá:

“A DC Team é nova, é uma criança que está crescendo. Você chega num cenário onde não conhece nada… se você chegar num futebol você tem que conhecer tudo para poder subir e estar num nível top, como fazem as redes do Red Bull, por exemplo. É muito difícil você chegar mandando em tudo, tem que ir devagar, e acho que a DC está fazendo isso, tendo a humildade de reconhecer, recomeçar”, ressalta Douglas.

Por fim, Douglas Costa analisa o que já foi feito até agora, mantendo a visão de futuro sobre seu time:

“Fomos no Fortnite e não deu, vamos no outro, variando as coisas. Mas acredito que a DC vai crescer muito e vai conseguir ser uma referência no Brasil e, quem sabe um dia, expandir Brasil afora. Mas acho que o começo é conseguir ter essa ideia de que a DC pode crescer nacionalmente”, concluiu.

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Texto por Vitor Santos

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